quinta-feira, 28 de maio de 2009

H.E.R.P.E.S.

Bom, devem estar pensando q negócio é esse de H.E.R.P.E.S.!!!

Eu e um amigo meu de faculdade (o grande Gustavo, mais conhecido com Harry Potter), fundamos uma hempresa juntos: se trata de uma empresa em resolução de problemas, qualquer problema mesmo. Nosso slogan é "resolvemos qualquer problema, menos os nossos!"

Tinhamos então um grande problema - qual seria o nome da nossa recém formada hempresa? Na época tinha sugerido "Zé & Associados", mais não foi muito bem aceito... (não sei porque, acho um belo nome!)

O Gustavo ficou de pensar e teve a idéia desse. Aceitei. Também não é um mal nome...

Segue-se a sua explicação para a nome e ainda o relato do nosso primeiro caso para um possível cliente:

Prá vc ter uma referência da seriedade de como nossa hempresa trabalha, vou contar como se desenrolou nosso primeiro e inusitado caso. Mas antes vou explicar por quê empresa com H. Aposto que perdeu a noite tentando desvendar o mistério, né? Eu,como já sabia a razão, dormi como um bebê cuja mãe viciada em crack que amamenta o filho com leite e barbitúricos para o moleque apagar e parar de chorar; em outras palavras dormi com um anjinho.

Bom, o negócio é o seguinte. Há duas razões para isso. Fiquei sabendo q antigamente agá não existia, depois todas as palavras passaram a começar e terminar com agá. Algumas tinham até agá no meio e outras ainda só usavam agá. Acompanhe a evolução: agá > HagáH > HaHáH > HHHH > e finalmente H.
O outro motivo é que eu e o Zé, digo!, agente Z, nos reportamos ao sócio misterioso e majoritário, o sr. H.

Esta é a cópia de parte de nossa ata nos negócios daquele dia.

Nosso primeiro caso veio na figura de um homem que entrou no escritório (ainda uma casa abandonada q eu e o agente Z. ocupamos), e sentou-se querendo nos contratar para resolver um inédito difícil problema. Do outro lado da mesa estava eu (agente G.), e o agente Z., ambos de pé e cada um do lado do agente B., nosso recruta. Decidimos testar e treinar o agente B. entregando a ele o primeiro caso. O Zé, éh, o agente Z. me cutucou e me disse à parte:
--Sabe, se der certo, podíamos abandonar essa idéia de resolver problemas e montar uma empresa de recrutamento.
Eu respondi, também à parte, para q não ouvissem nossas idéias milionárias:
--Tem razão! e ainda poderíamos manter o mesmo nome: Hempresa de Recrutamento de Prodígios (ou H.E.R.P.E.S).
--E ainda podemos fundir nossa empresa num comglomerado com aquela outra empresa, a Gen & Tal.
Enquanto discutíamos, o agente B. já começava a atender o cliente, quando interrompi:
--Só um momento. Como o senhor ficou sabendo de nossa Hempresa?
cliente: tá brincando ?...há vinte minutos o senhor me parou ali na esquina, passou um papel com esse endereço, e ficou dez minutos me falando do que se tratava e mais cinco minutos de como gosta de lasanha. Depois se dirigiu prá cá e entrou na casa.
agente G.: É verdade, gosto muito de lasanha.
agente Z.: agente B., pergunta para o cliente por quê ele está aqui.
O agente B. parecia um pouco alterado, talvez pelo nervosismo da estréia.
agente B.: Meu nome é Mário!
O agente Z e eu sempre ríamos quando ele dizia isso.
agente B.: mas não interessa !( virando-se para o cliente ): o que o traz aqui, meu bom homem?
cliente: eu tenho um problema, e não via solução...até agora. Já tentei convencer minha família e amigos, mas não me levam a sério.
agente B.: estamos aqui prá isso, resolvemos qualquer problema!
cliente: é o que diz no papel.
agente G.: não é papel, é nosso cartão de visitas.
cliente: isso é um guardanapo!
agente Z.: para o olho não treinado...
agente B.: Calem a boca! deixem o homem falar.
Eu e Z. nos olhamos, sombramcelhas arqueadas, e deixamos o homem falar a que veio. Mas eu já estava achando que o agente B. tava tomando muita liberdade conosco, seus chefes.
cliente: Vim aqui por quê quero, quando morrer, ser jogado na boca de um pelicano.
agente B.: o quê ?!
agente Z.: interessante !
agente G.:também achei !
O agente B nos olhou, suas sombrancelhas pareciam ter se juntado. Voltou-se para o cliente, que estava sentado à nossa frente com as pernas cruzadas, expressão séria e ar distinto. O agente B. elevou a voz.
agente B.: o senhor quer ser jogado na boca de um pelicano?
cliente: correto.
agente B.: mas claro, é um desejo totalmente razoável ! nem imagino por quê não o levam a sério. Aliás, podíamos ir até o porto mais próximo, laçar um pelicano e te jogar na barriga dele agora mesmo!...
Eu e o Z. nos olhamos. Com anos de treinamento em linguagem gestual, nos compreendemos perfeitamente. Eu pensava:"o agente B. está se excedendo. Jogar alguém vivo dentro de um pelicano!?" Z. pensava:"o agente B. esta realizando um bom trabalho...tô com fome, será que na geladeira tem pizza?
agente B.:...ou então te arremeçamos no nosso próprio pelicano, lá atrás no quintal!
Cutuquei Z. e falei:"mas do que é que ele está falando? no quintal só tem frango".
B. berrava:
agente B.: não serve um bem-te-vi? ou um avestruz? por que não um jacaré?
O homem, muito sério, respondeu:
cliente: Eu quero um pelicano. E só depois que eu morrer.
agente B.: a gente te mata !"resolvemos qualquer problema."
Enquanto ocorria esse diálogo, passei um papelzinho prá Z, por cima da cabeça de B:"Zé,acho que B. precisa de mais treinamento...e não vou matar ninguém". Ao que respondeu:"como assim?"

Se há uma coisa que me tira do normal, é uma fala clara ser feita, e responderem "como assim?" Por isso, passei outro bilhete muito mal-criado que terminava perguntando "como assim, o quê?", e se Z. ia querer pizza. Z. concordou, o que me acalmou um pouco, mas jurei que se mais alguém dissesse "como assim?", a coisa ia ficar feia.
O agente B.: deu uma pausa na gritaria, pois estava vermelho e bufando. Aproveitei prá perguntar pro cliente:
agente G.: vai pagar em dinheiro ou com cheque ?
cliente: Como assim ?

..............

No momento seguinte, eu e Z. discutíamos qual pizza comprar, enquanto B. vestia o casaco prá sair e tagarelava alguma coisa.
agente B.: vocês dois são retardados !
agente G.: definitivamente peperonni.
agente Z.: que tal portuguesa?
agente B.: eu vou processar vocês!
agente G.: Z., não acha que B. foi um pouco rude com o cliente?
agente B.: Eu fui rude !?! você se jogou por cima da mesa e começou a socar o homem!!
agente G.: Isso é outro assunto. Então B., também vai querer pizza?
agente B.: vocês saíram de um hospício !
agente Z.: Acho que B. não gosta de pizza.
agente G.: Todo mundo gosta de pizza! Que tipo de maluco não gosta de pizza?
Z. colocou o dinheiro na mão de B.
B. já estava no portão quando Z. gritou:
agente Z.: a minha metade é sem enxova !
agente G.: se sobrar troco, pode comprar um salgadinho prá você !

Esse nosso primeiro caso foi há dois meses. A gente ainda tá esperando o agente B. trazer a pizza... Espero que não esqueça das enxovas !

*****

Fica aí nosso primeiro caso como propaganda, caso alguém se interesse, por favor, entrem em contato.

3 comentários:

Maiara Zortéa disse...

MUITO BOOOOOOOOM! meo deos, meninos, vcs me surpreendem, quero fazer parte da hempresa, posso?
hahaha

=**

Psychoze disse...

Querida Mel, vou entrar em contato com meu sócio, Agente G., e com o misterioso e majoritário sócio sr. H. (se bem q ele já deve estar sabendo desse seu interesse...). Mais, para encurtar as coisas, considere-se dentro!!! afinal, resolvemos qualquer problema...

Na verdade estavamos mesmo precisando de uma mulher como funcionária da hempresa. Existem alguns trabalhos a serem feitos que, preferencialmente, exigem serem feitos por uma mulher... e eu e o Agente G. estavamos ficando preocupados se um desses trabalhos aparececem...

Ruguinha disse...

Pois é Mel, o agente Z. tem razão, esse negócio de resolvemos qualquer problema pode nos colocar em apuros...o agente Z. entrou em contato comigo e nem hesitei em concordar...